terça-feira, dezembro 06, 2011

Filme TEPUI - Escalada ao Salto Angel na íntegra no link: http://vimeo.com/33211414 Este Filme foi o ganhador do Banff Brasil 2011 no voto do público.

sexta-feira, novembro 18, 2011

Filme TEPUI Premiado!!!!

Estou muito feliz com o prêmio que recebemos no Banff - Festival Internacional de Filmes de Montanha. O Nosso filme TEPUI - Escalada ao Salto Angel ganhou o troféu de Melhor Filme pelo voto do público. O Banff é um festival internacional. Nós participamos da Mostra Competitiva Nacional, disputando com outros filmes brasileiros. É muito legal de notar que as produções brasucas estão cada vez melhores. Nosso filme foi feito bem na correria e são imagens filmadas por mim mostrando os bastidores da Expedição Brasileiro Venezuelana que escalou o Salto Angel, a maior cachoeira do mundo, em fevereiro deste ano. Quem merece os créditos pela proeza da edição é o amigo espanhol-mineiro Federico Sanz que transformou um monte de imagens em um belo filme. Seguem algumas fotos de nossa façanha na Venezuela feitas pelo Waldemar Niclevicz:

terça-feira, outubro 25, 2011

I Festival de Escalada Tradicional do PR

Confira abaixo as informações para participar do I Festival de Escalada Tradicional (Setor 3 - São Luis do Purunã - PR), evento este que está sendo organizado pelos Trad Friends e que ocorrerá entre os dias 25 e 27 de Novembro de 2011!!! O I Festival de Escalada Tradicional é um evento não competitivo, com o objetivo de unir a comunidade de escaladores, incentivar a escalada em móvel e curtir dois dias de escalada em um dos melhores setores de escalada tradicional do Paraná. O Setor 3 de São Luiz do Purunã está localizado no município de Balsa Nova – PR, há aproximadamente 40km de Curitiba. Possui grande importância dentro do cenário paranaense de escalada, pois conta com aproximadamente 138 vias, a maioria aberta de baixo e utilizando o máximo possível de proteções móveis. A ética do Setor segue 3 princípios básicos: Escalada Limpa, Abertura de Baixo e Escalada Livre. Foi um setor que colaborou para a formação de grandes nomes da escalada brasileira. As informações sobre as vias, croquis e acessos estão detalhadas no Guia de Escalada do Setor 3, confeccionado por Marcus Valério França, disponível em formato pdf, para download gratuito em: http://tradfriends.com/2009/04/26/setor-3/ IMPORTANTE: A trilha para o Setor 3 passa por uma propriedade particular (de acesso autorizado e gratuito). Para manter o bom relacionamento com o proprietário, RESPEITO E BOA CONDUTA SÃO ESSENCIAIS! Especialmente durante o evento, e também em outras visitas ao local. Portanto, siga SEMPRE estas regras: - Feche as porteiras - Deixe cada coisa em seu lugar - Respeite os animais e as plantas - Traga seu lixo de volta - Não faça barulho - Seja cortês com outros visitantes e com a população local No Setor 3 rola escalar com chuva. Sendo assim, o evento ocorrerá independente do clima. Faça chuva ou faça sol! O acesso principal para o Setor 3 durante o Festival será o acesso 2 (Área Coliformes), especificado no Guia de Escalada. A caminhada dura aproximadamente 40min. Veja o mapa abaixo. As inscrições serão realizadas in loco, durante todo o evento. LEMBRE-SE: VOCÊ é responsável por sua segurança! Respeite os seus limites e seja prudente. Use capacete! Maiores informações: TradFriends@yahoo.com.br 41 9121-9875

terça-feira, setembro 27, 2011

Serra Pelada - Ortigueira - PR

No fim de semana passado conheci um lugar que nunca imaginei poder encontrar no interior do Paraná. Explico-me: a maioria das paredes do interior do estado gira em torno de 20 a 30 metros, raramente alguma de 50 metros de altura. Bom, agora tem paredes de 150 metros!!!!! Não que tenham surgido agora, mas recentemente foram encontradas por um escalador de Londrina, o David Lyra. Ele e o Claudiney Gloor, de Cambé, foram os que tiveram a honra de inaugurá-las, abrindo uma via de 130 metros de extensão (relato abaixo).
Estas paredes estão localizadas no município de Ortigueira, PR, no meio do caminho entre Ponta Grossa e Londrina, a 150 Km de uma ou de outra. Partimos de Curitiba no sábado na hora do almoço, eu e o Alexandre Lorenzetto, chegamos em Ponta Grossa para resgatar mais um membro da expedição, o Willian Lacerda. Equipe completa e pegamos a estrada rumo à Serra Pelada. Como era de se esperar os cento e poucos quilômetros do Willian se transformaram em 150...escalador sempre fala que é perto, acho que é porque o caminho não importa muito, o que interessa é ter uma via bem difícil pela frente. Mas o problema é que fomos nos aproximando e nada de enxergar as paredes. Só a uns minutos delas é que tivemos uma visão parcial e já ficamos impressionados. Todavia quando adentramos o vale aonde as torres verticais se erguem, aí sim foi de arrepiar. De um lado uma cachoeira e de outro paredes que não acabam mais. Ficamos com cara de criança quando ganha um brinquedo. Mas já era tarde e precisávamos decidir aonde atacaríamos.
Como sempre surgem ideias mirabolantes em minha cabeça. Perguntei ao Willian: e aquelas paredes lá do fundo, o que você me diz delas, elas não parecem ser maiores? Ele respondeu que não tinha trilha de acesso e parecia que eram mais afastadas da estrada. Então eu quero abrir uma via lá, respondi. E ele me contestou: eu sabia que iríamos nos meter na pior opção possível, é sempre assim quando nos juntamos. Rimos enquanto colocávamos as pesadas mochilas nas costas. Atingimos a base das paredes do fundo em pouco mais de meia hora de vara-mato. Incrível, eram cheias de agarras, com possibilidade de abertura de dezenas de vias. Escolhemos a linha e subi confiante mirando um platô. Já nas primeiras agarras me dei conta de que a coisa não seria tão fácil assim, pois as pegas das agarras eram todas de "mão aberta" ou agarras laterais e não haviam fendas neste primeiro trecho. De repente anoiteceu. Fixei a corda e desci.
A noite foi normal: macarrão, vinho, muito vento, friozinho, uma vaca mugindo e obviamente não conseguia dormir, pois em casa nunca vou pra cama as 9 da noite... Acordamos as 5 da madruga, mas só conseguimos nos arrastar pra fora da barraca as 5 e meia. Seguindo os conselhos de Mark Twight, do Livro Alpinismo Extremo, o Alexandre levantou antes e foi fazer café, seguindo a ideia de que aquele que não guia pelo menos deve ajudar a equipe em outras áreas, como cozinhar, organizar as coisas, preparar o café da manhã. E ele não poderia vestir a sua sapatilha porque tinha esfolado o dedo com um pé de pato...dá pra acreditar nisso??? Hehehehe. Mas equipe é assim mesmo, quando um não está bem os outros se esforçam um pouco mais para atingir o objetivo.
Depois de uma overdose de cafeína aportamos na base da parede. Jumareei pela corda fixa e segui conquistando. O processo é mais ou menos assim: miro um lugar aonde possa parar de alguma maneira, ou me apoiando em boas agarras ou com um cliff (gancho de metal), puxo a furadeira, bato a chapeleta (proteção fixa que fica na parede), coloco uma costura na chapeleta, passo a corda, penduro a furadeira usando uma outra costura e sigo adiante repetindo o processo. Numa dessa a furadeira se enrolou na costura e na corda de guiar, foi um desastre, por sorte, depois de uma boa quantidade de palavrões ela decidiu se soltar e pude continuar. Com 40 metros bati uma parada, na base de uma fissura de dar medo, bem fininha. O Willian subiu e continuou a conquista. Neste ponto as chapeletas deram lugar a equipamentos móveis na parte mais negativa da via. Foram 30 metros de muito trabalho que deram origem à cordada mais estética da via! E assim seguimos, com a maior parte da via bem vertical, em livre, em artificial, em espinhos...opa, isso mesmo, para chegar ao platô do final da terceira tivemos de atravessar um mar de caraguatás (aquelas bromélias espinhentas) e cactos.
Atingimos o cume lá pelas 5 da tarde, não sabemos porque não levávamos relógio. Só sabemos que foi uma das vias mais bonitas que já conquistamos em um dos lugares mais impressionantes que já estivemos. Rapel, caminhada, viagem de retorno até PG, café, mais viagem até Curitiba, e ainda deu tempo de assistir ao show do Metallica no "Pop in Rio", digo Rock in Rio. O nome é em homenagem a uma das maiores bandas de rock, o REM, e também porque onde a parede é laranja é mais difícil!
Via Orange Crush, 150 m, 7º A2 (9?) E3. Serra Pelada, Ortigueira, PR. Escaladores: Edemilson Padilha, Willian Lacerda e Alexandre Lorenzetto. Data: 25/09/2011.
Relato Claudiney Gloor: Recentemente aceitei o convite do amigo escalador David Moskoski (Londrina), que por acaso avistou as paredes quando rodava pela rodovia em uma de suas tantas idas a Telemaco Borba, e ficamos surpresos com o que "descobrimos" tão perto de casa. Sem duvida Papai Noel nos antecipou o presente de Natal. A Serra Pelada é formada por um afloramento de basalto muito particular, com muita rocha virgem de boa qualidade, altura que pode passar os 140 metros, acesso fácil e um visual incrível. Já considero a Serra Pelada como o PRINCIPAL POINT de escalada em BASALTO do Paraná e não tenho dúvidas que pode ser o principal do Brasil. Há quem diga que a rocha pode ser arenito, talvez os geólogos de plantão possam esclarecer a dúvida. As duas rochas são muito comuns na região mas também são muito diferentes. Vamos aguardar para confirmar. Na primeira ida ao local em 14 de maio de 2011 fizemos o reconhecimento, definimos a trilha de acesso até o conjunto de paredes mais central que chamamos de TRÊS PONTÕES DE ORTIGUEIRA e demos início a uma linha que demonstrava ser fácil, mas que surpreendeu pela verticalidade e pela exigência. É isso aí ... este é o basalto (ou arenito ???). Mais duas investidas e finalizamos a linha no dia 24 de junho de 2011 em cinco cordadas até o cume. 130 metros de via com graduação sugerida de VIIb. O nome escolhido foi Suindara, em referencia a Coruja de cara branca que mora numa fenda da via. Primeira via do local. Outras já estão a caminho e as informações abaixo vão sendo atualizadas conforme o setor evoloui. Eu e o David estamos trabalhando em outras duas linhas e o Marcelo Pereira também. Aliás o Marcelo juntamente com o André e o Willian já finalizaram mais uma via a Primeiro de Hoje e o Ed, o Willian e o Sassa finalzaram mais uma a Orange Crush. Resumo por enquanto: 3 via e 3 projetos. FATO CURIOSO é que segundo relato do proprietário da fazenda, um grupo de 10 escaladores de Curitiba já esteve por lá e após uns 10 dias acampados e tentando uma conquista foram embora sem concluir nenhuma via. MAIS CURIOSO é um grupo de 10 pessoas guardarem segredo e as paredes permanecerem "escondidas" até agora. O morador disse que isso foi a mais de 5 anos ... penso que foi a mais de 10 anos. Eu e o David fizemos o reconhecimento desta parede no início de agosto/11 ... demarcamos a trilha de acesso e até vizualimos um grampo P. Escolhemos uma linha e tentamos uma conquista, mas não conseguimos progredir ... uma chapa e nada mais. Me parece ser a parede mais a difícil e desafiadora do complexo todo. Fazer cume em livre por ali será um grande desafio. Que já foi feito ... Orange Crush fica nesta parede. Por hora só uma preocupação: Como será a relação do Sr Osires com os escaladores que certamente passarão a freqüentar o local. Ele, que é o proprietário da fazenda, mora por lá a mais de 50 anos cuidando daquele pequeno paraiso com muito carinho e sossego. Pense nisso. Só entre na propriedade com autorização e mantenha uma relação cordial com todos por lá, inclusive com os animais selvagens. Valeu pelo convite David. Claudiney Gloor

segunda-feira, agosto 08, 2011

Setor Ferradura - Purunã- PR






Finde passado estive com o Val (Valdesir Machado) e com o Ian Padilha escalando em São Luis do Purunã, PR. Há um bom tempo não visitávamos o Setor Ferradura e pegamos um clima perfeito para escalar! Quase destruímos o carro para poupar uns 10 minutos de caminhada! Vejam as fotos, o pôr-do-sol estava incrível!

terça-feira, agosto 02, 2011

São Thomé das Letras, MG






Tá aí um lugar pra se conhecer em Minas Gerais! Não que não hajam outros lugares interessantes em MG, mas São Thomé é realmente singular.
À primeira vista parece uma cidade no meio de uma demolição. Sua história de extração das pedras São Thomé, um tipo de pedra de decoração e revestimento, fez com que em torno da cidade se formasse um imenso depósito de entulhos. Porém, quando estamos no meio da minúscula cidade, não vemos nada disso, e seu visual de "cidade histórica" e "esotérica" nos faz esquecer rápido da primeira impressão.
É lá que vive o Ventania, um que canta "com violão na costa, fui pra São Thomé..."; é lá também que vivem muitos extra-terrestres; também tem a passagem pra Machu Pichu; uma descida que sobe e muitas outras lendas!!! Brincadeiras à parte, o cenário é interessantíssimo, com uma cidadezinha aconchegante, cheia de artistas e personagens no mínimo diferentes, boa comida, artesanato bacana, centenas de boulders e vias alucinantes a poucos metros do centro da cidade, cachoeiras e um povo hospitaleiro!
Este finde passado estive lá palestrando e participando do encontro que é promovido anualmente. Que por sinal, foi um sucesso, com muitos participantes, de vários estados brasileiros. Muita escalada, encontro com amigos, boa vibe e muitas amizades novas!!!! Valeu galera!!!

quinta-feira, julho 14, 2011

1º Encontro de Escalada dos Campos Gerais






Ocorrerá este finde em Ponta Grossa, PR, o Primeiro Encontro de Escalada dos Campos Gerais. Será realizado no Recanto do São Jorge e Buraco do Padre, que são dois dos melhores setores do PR de Arenito. No sábado muitas atividades, escalada, slackline, banho de rio (se estiver quente), palestras, jantar e show com bandas de rock, tudo isso no São Jorge!!!!! E domingo, quem aguentar, pode escalar com no Setor Macarrão, próximo ao Buraco do Padre. Informe-se no site: http://grupoescaladacidadepedra.blogspot.com/2011/06/1-encontro-de-escalada-dos-campos_8934.html e não perca este evento que vai estar alucinante!!! Fotos nesta postagem: setores de PG e a linda cachoeira do São Jorge, que é onde será o evento.

sexta-feira, julho 08, 2011

Entrevista para o Blog de Escalada


(Cume do Cerro Fitz Roy, 2006)

O Blog de Escalada está iniciando hoje uma série de entrevistas com pessoas responsáveis pelas grandes marcas do montanhismo e escalada brasileira.

Foram contactadas, com resposta positiva de quase todos, todos os fundadores e administradores das principais marcas que atuam no Brasil.

O Objetivo das entrevistas é esclarecer melhor como é adminstrar uma empresa em um mercado cada vez mais competitivo, e elucidar para quem estiver interessado sobre como é a possibilidade de se conseguir patrocínio de uma marca para uma escalada ou expedição.

A primeira entrevista foi com o Edemilson Padilha.

Edemilson é um escalador que dispensa apresentações , e só por enumerar seus feitos na escalada por sí só já seria um texto enorme. Porém ele é também o fundador da marca "Conquista".

Na entrevista abaixo conta um pouco da história da marca, detalhes da empresa e também sobre a sua linha de pensamento.

Padilha cita também, de maneira breve sobre seu filme sobre sua última conquista que irá ser exibido no Festival de Filmes de Montanha e que é comentado como grande favorito.


1 - Edemilson, como surgiu a idéia de criar a Conquista Montanhismo?

Iniciei a Conquista com mais dois amigos numa época em que a compra de equipamentos era bem difícil no Brasil.

Pouca oferta e preços altos, pelo menos pra gente que era estudante no início dos anos 90. Fizemos algumas mochilas para nosso uso e os amigos quiseram adquirir também estes equipamentos.

Começamos com as mochilas e não paramos mais.


2 - Quais foram as principais dificuldades do início da empresa?

A principal dificuldade é a falta de conhecimento das ferramentas de administração.

Cometemos muitos erros: desde o desenvolvimento dos produtos mais adequados para o público alvo, a comercialização, gestão de pessoas...

Outro ponto importante a destacar é que naquela época quase não haviam matérias primas para a fabricação dos produtos.

Então tínhamos de improvisar muito o tempo todo, buscando insumos em outros segmentos de mercado e os adaptando à nossa necessidades.

E é claro, não tínhamos dinheiro!!!


3 - Como são criadas as idéias dos produtos lançados pela marca?

Buscamos no mercado lacunas, ou seja, produtos que podem se encaixar em algum nicho pouco explorado.

Por exemplo, poderíamos citar nossos produtos na linha de segurança (cadeirinhas, fitas, ferragens) ou nossa linha de roupas para frio e impermeáveis.

São mercados pouco explorados ou mal atendidos pela concorrência.

Então, pesquisamos, desenvolvemos os produtos e geralmente atingimos o objetivo, que é sempre o mesmo: disponibilizar a nossos clientes um produto de ótima qualidade com um preço justo.

As idéias de novos produtos podem vir de atletas que usam nossos equipamentos, como de donos ou vendedores das lojas ou diretamente de nosso setor de P & D.


4 - A empresa patrocina e apóia alguns atletas. Quais são os critérios para se patriocinar uma pessoa?

Não temos nenhum atleta patrocinado.

Temos apenas atletas que recebem apoio em equipamentos e alguma ajuda de custo para participação em eventos ou expedições.

Em contrapartida nos enviam fotos e incluem a Conquista nas matérias que fazem para a mídia de aventura.

Nossos atletas são escolhidos pela seriedade com que praticam o esporte.

A Conquista é uma empresa que almeja sempre agir com o máximo de profissionalismo e buscamos atletas que se afinizem com nossos objetivos.

Normalmente não exigimos nada deles, apenas que escalem bastante e sirvam de exemplo para os outros.


5 - A marca Conquista está presente em vários eventos de escalada. Qual é o critério utilizado pela empresa para apoiar um evento?

Escolhemos os eventos pela contribuição que possam trazer para a comunidade escaladora.

É a nossa contrapartida para com o nosso público.

Por isso gostamos de apoiar todos os eventos que são organizados por clubes de montanhismo, porque são eventos feitos por um bando de pessoas que gosta muito de nosso esporte e faz sem pensar em nenhum retorno financeiro.

Ultimamente tenho feito muitas palestras em eventos de escalada.

E uma coisa que constatei é que as empresas de equipamentos Brasileiras é que sempre apóiam estes eventos.

Acho que é importante todos nós escaladores prestigiarmos estas empresas. E não falo isso só porque sou proprietário da Conquista.

Temos de nos unir para que o montanhismo ganhe com esta união!


6 - Se fose para você resumir em poucas palavras para identificar a empresa, quais seriam esta palavras?

Conquista, uma empresa com alma de montanha!


7 - Na sua opinião o que mudou no publico alvo de hoje, com o da época quando a marca começou?

Mudou tudo!

Quando iniciamos a escalada e os esportes de aventura eram bem pouco conhecidos.

Éramos uns hippies escaladores com calças justas e cabelos compridos.

Hoje os esportes de aventura estão massificados, virou moda.

Isso tem seu lado bom e seu lado ruim.

A gente consegue comprar até piolets nas lojas de montanha, mas por outro lado, às vezes nos deparamos com uma gritaria nas montanhas que dá um desgosto...rsrs

O público hoje tem muito mais conhecimento sobre o montanhismo e sobre os produtos.

Isso requer empresas mais dinâmicas para acompanhá-lo.

Temos de lançar produtos constantemente para fidelizar o cliente.

Antigamente você poderia ter um modelo de anoraque por 3 anos e ninguém achava que estava ultrapassado. Hoje lançamos algo novo a cada 6 meses!

8 - Há em alguns estados, como São Paulo, uma relativa retração de referenciais de escalada, como a quantidade de academias. Como você enxerga isso?

Há alguns anos houve o que podemos chamar de "uma bolha" no mercado de aventura em geral. Apareceu muito na mídia, surgiram muitos empreendimentos e, por conseqüência, muitos praticantes.

Mas essa grande onda passou e agora o mar está mais calmo.

Acredito que por este motivo houve esta retração pelo menos na área da escalada.

Porque há outros segmentos do mercado de aventura que nunca deixaram de crescer, como o de viagens de aventura.

9 - Você também é um escalador de destaque no cenário nacional, como você visualiza a quantidade de locais de escalada e boulder fechados nos últimos anos?

Há mais lugares sendo abertos que fechados.

Claro que estamos sempre negociando com fazendeiros e com escaladores mal educados que não respeitam as propriedades.

Acho que sempre vamos ter estes problemas porque este tipo de conflito é uma constante em nossa sociedade.

Mas à medida que o esporte for mais conhecido e que as instituições tiverem mais representatividade as coisas serão mais fáceis.


10 - Há informações de que da sua última expedição haverá um filme de grande qualidade de imagem. Este vídeo será exibido no Festival de Filmes de Montanha do Rio de janeiro?

Acredito que sim. Está sendo editado neste momento!

terça-feira, julho 05, 2011

segunda-feira, junho 27, 2011

Piraí do Sul






Este feriado fomos para Piraí do Sul e fomos brindados com as linhas mais alucinantes de escalada móvel que jamais havíamos escalado. Na verdade, não conseguimos encadenar ainda...
Éramos 6 pessoas: Ed, Val e Willian (3 escaladores que fazem muita "retardadice" quando escalam juntos...rsrs), Anacláudia e Débora (equipe de apoio) e Eros (escalador e nosso anfitrião) que foi quem nos apresentou este novo setor de escalada em arenito de Piraí do Sul, cidade que fica próxima a Ponta Grossa e Castro, no Paraná.
Já havíamos conquistado 12 vias que variavam de 5º a um suposto 10º grau (projeto), vias em móvel e chapeleteadas. E as paredes ofereciam cada vez mais possibilidades: fendas perfeitas, placas cheias de agarras, arestas, diedros...
No primeiro dia da viagem enquanto entrávamos numa linda fissura fomos rechaçados por umas abelhas que não gostaram da nossa presença. Fugimos e nos abrigamos do bombardeio na base de uma linda fissura. Com as mãos meio inchadas declinei da abertura da via, mas o Willian tomou a dianteira e abriu uma linda linha de 25 metros, cotada em 8º grau, toda em móvel! No rapel visualizamos uma outra fissura que pelo estilo de proteção e pela dificuldade (provável 9º grau) denominamos Highway to Hell! Nos dias seguintes abrimos mais duas vias que de tão difíceis fizeram as duas primeiras parecerem fáceis! Agora vamos ter de treinar mais ainda para poder encadená-las!!!

segunda-feira, maio 23, 2011

Palestra Salto Angel em Sampa!!!


No próximo dia 26/05 estarei em São Paulo fazendo mais uma palestra sobre os meus 20 anos de escaladas e apresentando o vídeo do Salto Angel.
Em todos os lugares em que mostro as imagens desta incrível aventura as pessoas curtem muito e se impressionam com a beleza do local e com a complexidade deste tipo de escalada. E eu curto muito observar a reação das pessoas a cada imagem e a cada parte do vídeo mostrado. Para mim tem sido um prazer compartilhar com todos esta experiência!
Mas, voltando ao assunto, a palestra vai ser na Casa de Pedra Paraíso (Rua Venâncio Aires, 31 - Água Branca, SP, próximo Parque Antártica). A entrada é franca, mas deve-se fazer inscrição pelo telefone (11) 3875-1521, pois as vagas são limitadas! Mais info: www.casadepedra.com.br. K-mon!

terça-feira, maio 17, 2011

Encontro do Salto Ventoso - RS


Este finde próximo estarei palestrando no Encontro do Salto Ventoso, Farroupilha, RS. O Salto Ventoso é um dos setores mais incríveis que já escalei, pois escalamos por detrás de uma cachoeira enorme. Vai ser no sábado à noite! Compareçam!

segunda-feira, maio 02, 2011

Eco-xiitas






Já que estamos falando de Ibitirati, posto aqui umas fotos da via Ecoxiitas, uma linha incrível no Ibitirati, PR. Foi aberta pelo Ingo, Chicão e Domingos. Quase toda em móvel, com uma aproximação monstra- eu e o Val levamos 9 horas- teve pouquíssimas ascensões. Nós a fizemos em um dia, começando a caminhar às 2 da madrugada, escalando o dia todo e pisando no cume 7 horas da noite! Queríamos descer até a fazenda do Dilson estilo non-stop, mas as cãibras não nos permitiram...então, bivacamos no cume sem nada para bivacar, ou seja, com as pernas dentro de nossas mochilas de 40 litros de volume. Passamos frio porque não quisemos usar a tática de dormir de "colherinha"...rsrsrs
Acordamos com um amanhecer espetacular, um mar denso de nuvens inesquecível! Valeu todo o esforço!

terça-feira, abril 26, 2011

Ibitirati - PR






Para mim uma das montanhas mais significativas do Paraná. Apesar do matagal que é a parede toda, a aventura que ela proporciona é impressionante. Estive a primeira vez por lá em 1994. Tinha pouca experiência para enfrentar a gigante parede, uns 600 metros de escalada, a maior do estado. Só na terceira tentativa conseguimos escalá-la. Foi bem interessante, porque quando bivacamos no platô chamado Jean Claude (200m de altura) caiu uma tempestade. E no outro dia a parede estava seca e continuamos até o cume, onde outra tempestade nos alcançou!
A segunda vez foi para fazer a via Mar de Caratuvas em apenas um dia. Eu, Val e Willian. Fizemos em 17 horas, quase morremos de sede, pois levamos pouquíssima água.
Já a terceira vez foi uma escalada em solitário que fiz em 13 horas, saindo da Fazenda em Bairro Alto e chegando na Fazenda do Dilson. Outra vez calculei mal a maldita água...
Depois escalamos eu e o Val a Ecoxiitas. Via interessantíssima, quase toda em móvel.
Também abri duas vias na parede: 3 Chapas, com o Du Bois e o Ermínio e a Toca-toca o Pau na Mula, com o Val e o Wagner. Certamente a Toca-toca é a mais difícil que já fiz.
Ao todo já escalei 7 vezes a parede do Ibitirati, pois fiz com o Val uma repetição em um dia da 3 Chapas, em 19 horas.
Se vocês pensam que nunca mais quero ir para lá, não é bem assim. Quando estou no meio do matagal, penso: "Que que eu tô fazendo aqui?". Mas depois que chego em casa dá vontade de voltar. Não é fácil a vida de um montanhista...rsrs